domingo, 29 de julho de 2012

PARA REFLETIR!


O poder do feedback

Existem algumas necessidades fundamentais no ser humano, sem as quais é simplesmente impossível viver. A primeira grande necessidade é a respiração. Ninguém consegue ficar mais do que dois minutos sem respirar. Por vezes não damos valor e nem atenção a essa realidade, mas somente quando os problemas respiratórios aparecem. É muito, mas muito importante inspirar e respirar diversas vezes no dia. Outra necessidade indispensável é a água. Podemos ficar no máximo três dias sem tomar água; mais do que isso, morremos de sede. É triste ver a falta de água em tantos lugares, e essa é uma das grandes preocupações da sociedade atual. Dizem que no futuro ela vai valer mais do que o combustível. E a terceira necessidade da raça humana é a comida. Podemos ficar até um mês sem comer, tomando água apenas. Mas existe uma terceira necessidade, da qual ninguém consegue fugir e que tem implicações enormes no bom desenvolvimento do ser humano: é o feedback.

O que significa a palavra feedback? É uma palavra inglesa, que traduzida para o português significa retorno. Como retorno em português tem outros significados, assim como retorno no trânsito e outros, feedback acaba tendo mais força e densidade. Em inglês ele tem um único significado, ou seja, o retorno na educação.

Existem diversos tipos de retorno, sendo que alguns ajudam no crescimento da pessoa e outros, pelo contrário, destroem o ser humano. Quais são os tipos de retorno, ou seja, de feedback que constroem e quais destroem. Vamos então para a reflexão nesse campo, pois isso afeta diretamente a autoestima da pessoa, sobretudo nos primeiros anos de vida do ser humano.

Dois tipos de retorno precisam ser superados na educação: o retorno insignificante e o retorno negativo. Vamos falar primeiro deles, para depois aprofundarmos os dois retornos que são fundamentais para uma educação que leve o sujeito ao pleno desenvolvimento.

Antes de tudo, é preciso ter claro que ninguém nesse mundo pode abdicar daquilo que os outros pensam a seu respeito, sobretudo quando está em questão a figura significativa, pai ou mãe, acima de todos. A influência que estes tem sobre os filhos é decisiva, e ficará marcada para sempre na vida deles.

Tem um velho ditado quem diz: não importa o que falam de mim, o importante é que falem. Você sabe que na prática não é bem assim. Ninguém gosta de ser mal falado ou ignorado. Segundo diversas pesquisas, 99% das pessoas preferem ser bem vistas, elogiadas e valorizadas. Portanto, somente 1% gosta de ser mal tratado, e com certeza, essas não são pessoas normais.

O primeiro tipo de retorno é o insignificante, ou seja, tratar o outro com desprezo e indiferença. Essa atitude com toda a certeza é aquela que mais machuca e fere o ser humano. A indiferença é a mãe de todas as doenças. Quando alguém nasce e é rejeitado e ignorado nos seus primeiros dias e meses de vida, isso trará consequências muito graves no seu desenvolvimento normal. Diversas pessoas acabam criando situações de compensação a fim de serem vistas e valorizadas. A droga, os rachas, as tatuagens e outros meios, são no fundo modos para ser visto pelo outro.

O que melhor define o fim do casamento é a indiferença que um sente pelo outro. Isso é sinal de frieza e o fim de um relacionamento. Se mexe nos adultos o fato de ser tratado como alguém insignificante, imagine o mal que faz esse mesmo tratamento na relação com a criança, totalmente indefesa e carente. Ser tratado com indiferença é o pior de todos os retornos, e acarreta profundos distúrbios psíquicos, criando pessoas desequilibradas. 

Dr. Pe. André Marmilicz

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