A
espiritualidade cristã é uma fonte inesgotável de sabedoria e graça. Nesta
fonte, encontramos também a espiritualidade orionita, que busca ver Deus em
tudo, especialmente nos mais pobres e necessitados e encontra seu ápice na
prática da caridade. Vivemos isso sob o cuidado e inspiração de Maria, mãe de
Deus e nossa.
São Luís
Orione era um homem de profunda espiritualidade cultivada em horas de oração
diante do Santíssimo Sacramento, eucaristia diária e uma fecunda devoção
mariana.
São
Luís Orione foi um homem fascinante! Esse fascínio nos vem da sua capacidade de
vencer os desafios do egoísmo e de qualquer visão relativista moderna, para
dirigir toda sua vida ao serviço dos mais necessitados. O pensamento voltado
para os pobres mais pobres leva o nosso Santo a um abandono total nas mãos de
Deus. “Dom Orione é grande não pelas coisas que fez, mas porque
permitiu que Deus as fizesse através dele.” Nesse desejo máximo de
fazer a vontade de Deus se encontra araiz da Espiritualidade Orionita. Devemos
“fazer o bem sempre...”
Confiantes na Divina
Providência e firmes na Caridade
Não
existe espiritualidade verdadeiramente orionita sem confiança em Deus, em sua
providência e sem amor aos pobres, traduzido na caridade. Quando o anseio maior
é fazer a vontade de Deus, os sonhos pessoais avançam pela transformação
interior provocando uma dinâmica de CONFIANÇA na Providência Divina e de
CARIDADE incondicional. São Luís Orione viveu a caridade por amor,por
convicção. Ele dizia: “Nós somos servos inúteis; mas é a caridade, é o
amor de Cristo e dos irmãos que nos anima, nos impele e nos instiga. Sejamos
apóstolos da caridade, subjuguemos as nossas paixões e alegremo-nos com o bem
alheio como com o nosso bem.”
Aos pés da cruz de Cristo
Na
perspectiva orionita, não existe serviço de amor sem o exercício livre e
consciente do sacrifício de si mesmo.Como Cristo vence a morte por amor, nós
devemos amar a ponto de dar a própria vida; ser “trapos” nas mãos de Deus. Não
é sofrer por sofrer, mas é capacidade de assumir como missão o sofrimento do
Cristo nos pobres; é mortificação; é vitória sobre o pecado e as tentações do
ter e do poder, em favor da dignidade dos pequenos e humildes – “servir
nos homens o Filho do Homem”. Sem passar pela cruz, não há ressurreição.
Nos braços de Maria a
serviço da Igreja
“Oh!
Como poderemos jamais adorar Jesus e não ter um olhar, uma palpitação de amor
por Maria, sua Mãe?Filhinhos meus, agarremo-nos a Maria Santíssima e seremos
salvos!”. Com esse pensamento de São Luís Orione ressalta-se
a veia mariana da espiritualidade orionita. Foi Cristo mesmo quem nos deu Maria
por mãe. Devemos imitá-la na fé, na entrega total e nos prender a ela para,
diante da cruz, receber de Jesus mesmo, o aconchego de seus braços de Mãe como
nosso lugar de repouso – “filho, eis aí a tua mãe...” São
Luís Orione aceitou esse presente e se deixou conduzir pelas mãos e as virtudes
de Maria, na missão de servir à Igreja de Cristo.
Continuadores da Paixão
do fundador
Vendo
a paixão do nosso fundador pelo Projeto de Deus, devemos seguir seus passos,
numa espiritualidade que transforma e faz bem a nós mesmos em primeiro lugar,
porque renova e motiva e depois aos outros porque é caridade e amor, alicerçada
na confiança e abandono nas mãos de Deus, a exemplo de Maria.Como verdadeiros
discípulos, façamos continuar vivo o amor que impulsionava São Luís Orione,
deixando que Deus faça através de nós, muito bem à Igreja e ao mundo.
Pe.
Rodinei Carlos Thomazella, FDP
Diretor
do Pequeno Cotolengo do Paraná
Curitiba
- PR
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