O FEEDBACK POSITIVO
O feedback insignificante e o feedback negativo devem ser superados com o
tempo, pois eles não ajudam na construção e no pleno desenvolvimento do ser
humano, pelos inúmeros traumas que por eles são causados. O feedback corretivo,
pelo contrário, deve ser mais acionado, porque ele é determinante no sentido de
impor limites, na busca constante do equilíbrio.
Se o feedback corretivo tem a função de ajudar na mudança de comportamento da
pessoa, existe um outro feedback que é determinante no reforço de um
comportamento, que é o feedback positivo. No passado era comum dizer: se errou,
deve ser corrigido, mas se acertou, não precisa falar nada. Era uma crença
limitante, porque receber um elogio sempre ajuda a pessoa saber onde se
encontra, e com certeza, a reforçar algo que já está no caminho certo.
Um dos modos mais eficazes de reforçar um comportamento é o elogio bem dado,
de modo especifico, e não de modo genérico. Certo autor dizia que o elogio
corrompe, e eu até concordo em partes com ele. O elogio quando é genérico, ele
realmente tende a corromper, mas quando ele é específico, só ajuda no
crescimento. Qual é a diferença entre um elogio específico e um elogio genérico?
Específico quando você elogia algo concreto, determinado, como por exemplo: se o
seu filho limpou bem a sala, elogie esse comportamento. Genérico quando você
deixa de elogiar algo bem concreto, e generaliza, nesse caso dizendo que o seu
filho é o melhor filho do mundo. Na verdade, ele limpou bem a casa, e dizer que
é o melhor filho do mundo, é perder o foco da sua ação, generalizando para
coisas que não tem nada a ver com a ação em si. Esse tipo de elogio pode
corromper, mas quando é bem específico, só tende a ajudar o outro no seu
crescimento e na sua autoestima.
Costumo dizer que não podemos perder a ocasião de elogiar alguém ou um grupo
por uma ação bem feita. O problema é que nós facilmente criticamos, dando
preferência e prioridade aos erros, mas dificilmente olhamos os pontos positivos
e os enaltecemos. Parece que fazer o certo é uma obrigação, e quando se erra,
deve ser chamada a atenção, e não importa como.
A boa comunicação nos ensina que os erros devem ser corrigidos de modo
particular, sem expor a pessoa em público. Os elogios, pelo contrário, devem ser
feitos em público. Uma esposa que é elogiada publicamente pelo seu marido, com
certeza ficará muito feliz, lhe fará muito bem e aumentará a sua autoestima.
Pelo contrário, se for exposta negativamente de modo público, sofrerá
enormemente com essa humilhação. Precisamos aprender a valorizar os aspectos
positivos, sem medo de enaltecê-los diante dos outros. Todos nós, por natureza,
preferimos o elogio à crítica, mas geralmente fazemos o contrário. Esse negócio
de dizer que ‘fale bem ou mal, mas fale de mim’, não é verdade. Ninguém gosta de
ser mal falado, de ser criticado ou de ser humilhado. O elogio levanta o nosso
astral e nos torna mais autoconfiantes, enquanto que a crítica e a
desvalorização mexem com o nosso emocional e por vezes nos tornam vulneráveis e
incertos sobre os nossos valores.
Apreciar as coisas boas em vez de enaltecer os aspectos negativos, é o grande
desafio da educação. É muito mais fácil falar do que está errado, e dar a isso
uma grande importância. Dificilmente paramos para apreciar uma cachoeira, ou
então, sentir o cheiro da mata, mas facilmente perdemos tempo para ver um
acidente.
Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Nós também
somos chamados a sermos defensores da vida, e toda vez que valorizamos as
qualidades, os aspectos positivos do outro, apreciamos o belo, estamos
priorizando a vida em vez da morte. Isso sim é viver com uma boa autoestima.
Dr. Pe. André Marmilicz
Nenhum comentário:
Postar um comentário