quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PARA REFLETIR!


O FEEDBACK POSITIVO

O feedback insignificante e o feedback negativo devem ser superados com o tempo, pois eles não ajudam na construção e no pleno desenvolvimento do ser humano, pelos inúmeros traumas que por eles são causados. O feedback corretivo, pelo contrário, deve ser mais acionado, porque ele é determinante no sentido de impor limites, na busca constante do equilíbrio.

Se o feedback corretivo tem a função de ajudar na mudança de comportamento da pessoa, existe um outro feedback que é determinante no reforço de um comportamento, que é o feedback positivo. No passado era comum dizer: se errou, deve ser corrigido, mas se acertou, não precisa falar nada. Era uma crença limitante, porque receber um elogio sempre ajuda a pessoa saber onde se encontra, e com certeza, a reforçar algo que já está no caminho certo.

Um dos modos mais eficazes de reforçar um comportamento é o elogio bem dado, de modo especifico, e não de modo genérico. Certo autor dizia que o elogio corrompe, e eu até concordo em partes com ele. O elogio quando é genérico, ele realmente tende a corromper, mas quando ele é específico, só ajuda no crescimento. Qual é a diferença entre um elogio específico e um elogio genérico? Específico quando você elogia algo concreto, determinado, como por exemplo: se o seu filho limpou bem a sala, elogie esse comportamento. Genérico quando você deixa de elogiar algo bem concreto, e generaliza, nesse caso dizendo que o seu filho é o melhor filho do mundo. Na verdade, ele limpou bem a casa, e dizer que é o melhor filho do mundo, é perder o foco da sua ação, generalizando para coisas que não tem nada a ver com a ação em si. Esse tipo de elogio pode corromper, mas quando é bem específico, só tende a ajudar o outro no seu crescimento e na sua autoestima.

Costumo dizer que não podemos perder a ocasião de elogiar alguém ou um grupo por uma ação bem feita. O problema é que nós facilmente criticamos, dando preferência e prioridade aos erros, mas dificilmente olhamos os pontos positivos e os enaltecemos. Parece que fazer o certo é uma obrigação, e quando se erra, deve ser chamada a atenção, e não importa como.

A boa comunicação nos ensina que os erros devem ser corrigidos de modo particular, sem expor a pessoa em público. Os elogios, pelo contrário, devem ser feitos em público. Uma esposa que é elogiada publicamente pelo seu marido, com certeza ficará muito feliz, lhe fará muito bem e aumentará a sua autoestima. Pelo contrário, se for exposta negativamente de modo público, sofrerá enormemente com essa humilhação. Precisamos aprender a valorizar os aspectos positivos, sem medo de enaltecê-los diante dos outros. Todos nós, por natureza, preferimos o elogio à crítica, mas geralmente fazemos o contrário. Esse negócio de dizer que ‘fale bem ou mal, mas fale de mim’, não é verdade. Ninguém gosta de ser mal falado, de ser criticado ou de ser humilhado. O elogio levanta o nosso astral e nos torna mais autoconfiantes, enquanto que a crítica e a desvalorização mexem com o nosso emocional e por vezes nos tornam vulneráveis e incertos sobre os nossos valores.

Apreciar as coisas boas em vez de enaltecer os aspectos negativos, é o grande desafio da educação. É muito mais fácil falar do que está errado, e dar a isso uma grande importância. Dificilmente paramos para apreciar uma cachoeira, ou então, sentir o cheiro da mata, mas facilmente perdemos tempo para ver um acidente.

Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Nós também somos chamados a sermos defensores da vida, e toda vez que valorizamos as qualidades, os aspectos positivos do outro, apreciamos o belo, estamos priorizando a vida em vez da morte. Isso sim é viver com uma boa autoestima.

Dr. Pe. André Marmilicz

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